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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Games e Filmes: Tudo sobre silent hill

Silent Hill


Silent Hill
サイレントヒル
Silent Hill series logo.png
Logo principal da série
Criador Team Silent
Trabalho original Silent Hill
Publicações impressas
Livros Lost Memories
Drawing Block: Silent Hill 3 Program
Silent Hill
Romances Silent Hill: Play Novel
Art of Silent Hill
Lost Memories: The Art and Music of Silent Hill
Inescapable rain in Yoshiwara
Silent Hill Experience
The Silent Hill: Cage of Cradle
Silent Hill: The Arcade
Silent Hill: Double Under Dusk
Silent Hill: The Escape
Silent Hill: Mobile/Orphan
Silent Hill Mobile 2/Orphan 2
Quadrinhos Silent Hill
Filmes e televisão
Filmes Silent Hill
Silent Hill: Revelation 3D
Lazer
Jogos eletrônicos Silent Hill
Silent Hill 2
Silent Hill 3
Silent Hill 4: The Room
Silent Hill: Origins
Silent Hill: Homecoming
Silent Hill: Shattered Memories
Silent Hill: Downpour
Silent Hill (em japonês: サイレントヒル Sairento Hiru) é uma série de jogos eletrônicos produzida pela Konami. É comumente classificada como um survival horror, gênero que inclui entre outros jogos Alone in the Dark, Resident Evil, Siren e Fatal Frame, porém do tipo psicológico. Desenvolvido pela Konami, foi lançado originalmente para o PlayStation, possuindo também versões para Xbox, PlayStation 2, Xbox 360, Wii, Playstation 3, PlayStation Portable, Game Boy Advance, arcade e computador. A série compreende sete jogos principais que não seguem uma cronologia fixa, um filme e sete jogos de estilos que fogem ao gênero de survival horror.

Índice

  • 1 Características e jogabilidade
  • 2 Fundamentos para a história
  • 3 Descrição
  • 4 Origem
  • 5 Série
    • 5.1 Jogos principais
      • 5.1.1 Silent Hill (1999)
      • 5.1.2 Silent Hill 2 (2001)
      • 5.1.3 Silent Hill 3 (2003)
      • 5.1.4 Silent Hill 4: The Room (2004)
      • 5.1.5 Silent Hill: Ørigins (2007)
      • 5.1.6 Silent Hill: Homecoming (2008)
      • 5.1.7 Silent Hill: Shattered Memories (2010)
      • 5.1.8 Silent Hill: Downpour (2011)
    • 5.2 Jogos paralelos e outras mídias
      • 5.2.1 Silent Hill: Play Novel (2001)
      • 5.2.2 Silent Hill: Orphan (2008)
      • 5.2.3 Art of Silent Hill (2002)
      • 5.2.4 Lost Memories: The Art and Music of Silent Hill (2003)
      • 5.2.5 Inescapable rain in Yoshiwara (2004)
      • 5.2.6 The Silent Hill Experience (2006)
      • 5.2.7 The Silent Hill: Cage of Cradle (2006)
      • 5.2.8 Silent Hill Collection (2006)
      • 5.2.9 Silent Hill: The Arcade (2007)
      • 5.2.10 Silent Hill: Double Under Dusk (2007)
      • 5.2.11 Silent Hill: Orphan (2007)
      • 5.2.12 Silent Hill: The Escape (2008)
      • 5.2.13 Silent Hill Chapter 1 (2009)
      • 5.2.14 Silent Hill Mobile 2 (2009)
    • 5.3 Filmes
      • 5.3.1 Silent Hill (2006)
      • 5.3.2 Silent Hill: Revelation 3D
    • 5.4 Livros
      • 5.4.1 Lost Memories (2003)
      • 5.4.2 Drawing Block: Silent Hill 3 Program (2003)
      • 5.4.3 Silent Hill (2006)
      • 5.4.4 Silent Hill comic
  • 6 Influências e curiosidades
  • 7 Referências
  • 8 Ligações externas
    • 8.1 Sites Oficiais
    • 8.2 Sites em Portugal
    • 8.3 Sites no Brasil

Características e jogabilidade

A série se baseia principalmente no clima de terror, tendendo, não raramente, ao bizarro e ao grotesco, mas sempre voltado ao psicológico, buscando criar um ambiente de medo e tensão através da ambientação tanto gráfica quanto musical. A principal diferença entre o Survival Horror psicológico, criado por Silent Hill, e outros jogos semelhantes é a quase ausência de sustos. Uma característica típica da série é o design dos monstros: em todos os jogos, há criaturas humanoides ou animalescas, o que leva a uma tendência visualmente bizarra. Ele possui diversos enigmas (puzzles) ao longo do jogo, característica própria do gênero. O jogador controla o protagonista na perspectiva de terceira pessoa, com exceção do jogo Silent Hill 4: The Room, em que, enquanto você está na casa do personagem principal, a visão se dá em primeira pessoa, sendo o restante em terceira pessoa. Cada jogo se inicia com um filme introduzindo a história, e ao longo do jogo pequenos vídeos, chamados de cutscenes, são apresentados.
Outra característica dos jogos são os vários finais possíveis, determinados pelas diversas escolhas do jogador, aumentando sua longevidade. Geralmente os finais são classificados como Good (bons, felizes) e Bad (ruins, tristes) e contém informações complementares do enredo, além de finais alternativos sem ligação direta com a série, chamados de easter eggs, como os finais UFO.

Fundamentos para a história

A trama de Silent Hill é criada tendo várias inspirações em filmes, livros e séries de horror. Tem, também, por base, teorias da parapsicologia e da filosofia. Considera-se que o pensamento humano tem uma certa energia psíquica que é forte de acordo com o poder do pensamento. Essa energia é capaz de se manifestar no ambiente em volta da pessoa, em geral, ou em outras pessoas, em particular. Uma experiência feita por Masaru Emoto, apesar de não comprovada cientificamente, mostra que cristais de água pura tinham estruturas que se apresentavam diferentemente de acordo com o pensamento a que era submetida. A forma dos cristais era bela ou feia, dependendo se o pensamento era positivo ou negativo, respectivamente. Em outras palavras, as consequências da atividade psíquica de uma pessoa não são limitadas apenas a si, mas pode haver efeitos externos. Essa força psíquica pode ser acumulada num ambiente e alterá-lo psicologicamente de acordo com o caráter do pensamento. Baseado nisso, cria-se o "mundo alternativo" ou "das sombras" dos jogos. Esses mundos são reflexos dos pensamentos e emoções do personagem ou personagens em questão no jogo. Mas, além do "mundo alternativo", os monstros também são reflexos do estado emocional dos protagonistas.

Descrição

O título, por si só: "Silent Hill", (Colina Silenciosa) insinua uma cidade muda, sem habitantes. É uma cidade isolada que fica ao lado do Lago Toluca, num estado dos Estados Unidos, que, como em muitas cidades pequenas de histórias de terror e filmes, é permeada por um antigo mal demoníaco e tem criaturas rondando as ruas e os prédios, que só podem ser vistos por pessoas "especiais". Como uma descrição, na capa do próprio disco do jogo, dizia: "Toda cidade tem seus segredos. Alguns são apenas mais nefastos do que outros". A cidade, continuamente, troca entre a nossa realidade e a decadência do "outro mundo", sempre criado pela mente perturbada de um dos personagens do jogo. No primeiro jogo, os protagonistas, que possuem uma ligação preliminar com o local, vão até o que parece ser uma cidade abandonada; no segundo, terceiro e quarto jogos, a cidade atrai pessoas que tem alguma conexão prévia com ela.
A localização exata da cidade de Silent Hill é complexa. O jogo retrata a cidade como pequena, segmentada, envolta em névoa, que, no filme de 2006, tem como explicação uma intensa e eterna chuva de cinzas devido ao incêndio de uma mina de carvão no subsolo da cidade. Cercada por grandes montanhas e flanqueada por um lago, poderia ser qualquer uma de cem cidades nos Estados Unidos. O manual do primeiro jogo descreve Silent Hill como uma pequena cidade de férias na Nova Inglaterra, e o que cerca a cidade, particularmente a neblina, é similar à região. A cidade pode estar localizada no norte da Nova Inglaterra, possivelmente no estado de Maine (cenário de muitos dos livros de terror de Stephen King). No terceiro jogo, é citado a cidade de Portland como uma cidade próxima a Silent Hill. Portland é uma região metropolitana de Maine, além de ser terra natal de Stephen King. No segundo jogo, o número das placas em todos os carros são de Michigan. O quarto jogo se passa numa cidade chamada Ashfield, que relembra Fall River, Massachusetts, cidade da famosa assassina Lizzie Borden.
Evidências da localização de Silent Hill podem ser vistas no primeiro jogo, quando Harry procura a escola. Afixado às paredes, há algo que parece "Chicago News", escrito em negrito. Com os rochedos próximos, é possível que a cidade esteja próxima do Lago Michigan. É certo, porém, que Silent Hill possa estar situada no meio do nada (os sinais das placas em Silent Hill 2 indicam longa distância entre Silent Hill e as cidades vizinhas).
A cidade de Silent Hill é, também, localizada próximo a um grande lago chamado Toluca, o que sugere que esteja localizada ao sudeste da Califórnia, onde também há um lago chamado Toluca. Isso é reforçado pelo fato de que o carro de Douglas Cartland, em Silent Hill 3, tem marcas da Califórnia. E, somado a isso, Silent Hill 3 não começa em lugar nenhum da cidade, na qual só é visitada na segunda metade do jogo quando Douglas e a protagonista do jogo, Heather Mason, entram, depois de uma longa viagem de carro, à noite. Novamente, isso dá muita ambigüidade sobre onde está Silent Hill.
No entanto, a trilha sonora da versão japonesa de Silent Hill 4: The Room dá o endereço para o Heaven's Night, um clube de striptease, em Silent Hill, e o estado é listado como Maine. Então, muitos fãs decidiram que Silent Hill está em Maine. A adaptação para filme, que foi lançado no dia 21 de Abril de 2006, coloca Silent Hill no condado fictício Toluca, Virgínia Ocidental.
Ao mesmo tempo, enquanto Silent Hill é uma cidade turística e de passeio, o "outro mundo" que os protagonistas encontram (com as paredes pulsando e criaturas a espreita), pode ser entendida como sendo manifestações físicas da escuridão das mentes deles, de outros personagens e de pessoas há muito tempo mortas. Simplificando, a cidade pode possivelmente estar na mente dessas pessoas.

Origem

A origem de Silent Hill data do século XVII, antes da chegada dos colonizadores ingleses. A área era um lugar sagrado, onde os nativos indígenas americanos conduziam rituais religiosos e referenciavam a cidade como "O local dos espíritos silenciados". Por volta de 1607, começa a colonização dos EUA, mas, só em meados de 1600, os colonos ocupam o território de Silent Hill. No começo do século XVIII, acontece uma terrível epidemia na cidade e os habitantes a abandonam. Nesse século, os EUA declaram independência e George Washington é eleito o primeiro presidente.
Quando estoura a Guerra de 1812, a cidade é repovoada como uma colônia de prisão, então a Prisão Silent Hill (um dos locais do segundo jogo) é construída e só então a cidade recebe o nome de Silent Hill. Muitas pessoas morreram nessa terra e por causa dos pensamentos e sentimentos dos prisioneiros, a energia original da cidade foi gradualmente aumentada e distorcida.
Uma nova epidemia ocorre e o Hospital Brookhaven é construído para contê-la. Em 1830, começa a remoção forçada dos índios nativos. Por volta de 1840, a Prisão Silent Hill é fechada e, sobre esse terreno, é construído a Sociedade Histórica de Silent Hill, que reúne documentos e obras de artes da origem da cidade. Em torno de 1850, é descoberto uma mina de carvão, posteriormente chamada de Wiltse, revitalizando a cidade.
Em 1861, começa a Guerra Civil Americana (Guerra de Secessão), Patrick Chester (que é homenageado com uma estátua no Lago), participa na guerra junto com seu filho. Em 1862 o campo de prisão Toluca foi construído para prisioneiros de guerra. Entre 1865 e 1866 é o ponto máximo da Guerra Civil e o Campo de prisão é transformado na Prisão Toluca. Em torno de 1890 nos EUA, a resistência dos nativos americanos termina e em Silent Hill, pessoas começam a desaparecer. No começo do Século XX a Prisão Toluca fecha e a mina de carvão Wiltse pega fogo e com isso, Silent Hill se torna uma cidade turística, em decadência.
Em Novembro de 1918, num dia nublado, um barco chamado Pequena Baronesa desaparece no lago e, desde então, nunca mais se teve pistas, nem da embarcação, nem dos catorze tripulantes e turistas. A partir de 1939, estranhos incidentes ocorreram no Lago Toluca e algumas pessoas diziam ver mãos esqueléticas saindo da água para tentar agarrar os barcos que passavam e depois voltando para o fundo do lago. Durante uma data desconhecida, o prefeito de Silent Hill morre de repente e os integrantes da equipe de desenvolvimento turístico da cidade morrem um a um de acidente.

Série

Jogos principais

Silent Hill

Concebido pelo projetista de jogos Keiichiro Toyama, em 1999, o primeiro Silent Hill foi lançado para o PlayStation. A história do jogo se baseia na chegada de Harry Mason a Silent Hill e, consequentemente, na procura por sua filha, Cheryl. Durante o progresso do jogo, Harry descobre que a sua filha adotada tem uma relação com a cidade nunca revelada.

Silent Hill 2 (2001)

O segundo jogo da série, Silent Hill 2, foi lançado em 2001 para o PlayStation 2, Xbox e computador. As versões expandidas para o Xbox e para computador são conhecidas como Silent Hill 2: Restless Dreams e continham um cenário extra, que foi incluído na lista da Sony de maiores sucessos para o PlayStation 2. A história tinha como personagem principal James Sunderland, que recebeu uma carta da sua falecida esposa, que dizia estar esperando em seu "lugar especial", o que o levou à Silent Hill.

Silent Hill 3 (2003)

O terceiro jogo da série, Silent Hill 3, foi lançado, em 2003, para PlayStation 2 e para computador. Como uma sequência direta aos eventos do primeiro jogo, a história se baseia numa adolescente chamada Heather Mason, filha de Harry Mason, que acaba descobrindo tudo sobre o seu passado sombrio na cidade assombrada de Silent Hill.

Silent Hill 4: The Room (2004)

Silent Hill 4: The Room foi lançado, em 2004, para o PlayStation 2, Xbox e computador. Com algumas relações ao Silent Hill 2, a história segue o protagonista Henry Townshend, que se vê trancado em seu próprio apartamento até que um buraco repentinamente aparece na parede de seu banheiro. Um dos personagens mencionados nos jogos anteriores é o principal inimigo, Walter Sullivan. Originalmente, Silent Hill 4: The Room não seria mais um jogo da série Silent Hill, mas a Konami decidiu mudar o nome para este por não querer começar outra serie de jogos visto que a serie Silent Hill ainda não estava acabada.

Silent Hill: Ørigins (2007)

Primeiramente anunciado na E3 de 2006 para o PlayStation Portable, foi lançado para os Estados Unidos no dia 6 de Novembro de 2007. O jogo conta a história antes do primeiro Silent Hill. O personagem principal, Travis Grady, chega à cidade logo após quase atropelar uma garota avistada no meio da estrada. Ele tenta voltar ao caminhão, mas um vulto o assombra e o único meio que o resta é correr pela única estrada que existe. Essa estrada o leva à Silent Hill. O protagonista tenta achar um meio de sair do local, mas, consequentemente, ele descobre os detalhes mais sombrios da pacata cidade. Esse é um dos títulos que não foram criados pelo Team Silent, mas sim pela Climax Studios. Após várias especulações, Silent Hill: Ørigins foi finalmente lançado para PlayStation 2 no dia 4 de Março de 2008.

Silent Hill: Homecoming (2008)

O sexto jogo oficial da série foi confirmado no dia 11 de Julho de 2007, durante a E3 do mesmo ano para o PlayStation 3 e Xbox 360. O jogo conta a história de Alex Shepherd, um soldado que acabou de retornar de uma guerra. Shepherd descobre, na sua chegada, que seu pai havia partido e sua mãe ficou paranóica. Joshua, seu irmão, é o único que continua normal, mas, depois de um tempo, ele desaparece. O jogo contará a história de Shepherd em busca de seu irmão. Assim como Silent Hill: Ørigins, o Team Silent não produziu esse jogo, porém, ainda com a participação da The Collective, da Foundation 9 Entertainment.

Silent Hill: Shattered Memories (2010)

O sétimo jogo oficial da série é produzido pela Climax Studios. O jogo é uma releitura do primeiro jogo da série, mas é um jogo totalmente novo, segundo Tomm Hulett. Você ainda controlará Harry Mason em busca de sua filha Cheryl na cidade de Silent Hill. Algumas mudanças já podem ser notadas desde o começo: o design dos personagens é diferente, e suas escolhas também afetarão este design. O acidente de carro ocorre em uma rua diferente, mas antes de tudo isso, você está em uma clínica psiquiátrica. Tudo é visto em primeira pessoa nesta cena, e pode ser controlado. Em 8 de dezembro de 2009 foi lançada a versão do jogo para Wii, e no dia 19 de janeiro de 2010, para Playstation 2 e Playstation Portable.

Silent Hill: Downpour (2011)

O oitavo jogo, previsto para ser lançado no final de 2011, conta a história de Murphy Pendleton, um prisioneiro que após um acidente com o ônibus que o transportava, escapa, e na tentativa de fugir dos policiais, acaba entrando em Silent Hill. Para repassar ainda mais a idéia de sobrevivência, o jogador utilizará objetos cotidianos como cadeiras e barras de ferro. Shinji Hirano se refere a ele como uma homenagem a história original, tentando recuperar os antigos players. Foi anunciado pela Konami na E3 2010. A desenvolvedora comenta que quer oferecer aos fãs de Silent Hill uma experiência de horror que eles realmente merecem, aspecto que ficou defasado nos últimos capítulos da série. Será lançado para Playstation 3 e XBOX 360.

Jogos paralelos e outras mídias

Silent Hill: Play Novel (2001)

Lançado para Game Boy Advance, somente no Japão, o jogo oferece um relato de fatos não revelados em Silent Hill. Uma incompleta tradução visual pode ser encontrada no site Silent Hill Heaven. Um guia completo detalhando o "Boy Spring Scenario", onde você joga com Andy, que vive na casa próxima à de Harry e Cheryl Mason, pode ser encontrado no GameFAQs.

Silent Hill: Orphan (2008)

Lançado para celular em 2008, o jogo conta a história de três personagens diferentes que se vêem presos num orfanato. O jogo é no estilo apontar-e-clicar em primeira pessoa.

Art of Silent Hill (2002)

Primeiro DVD multimídia com foco no material de Silent Hill 2, como desenhos, etc. Ele contém exclusividades, como o vídeo musical "Caramel Mix", "Ki-no-ko" e "Fukuro" (os dois últimos também estão no segundo DVD).
Lost Memories: The Art and Music of Silent Hill (2003) Lançado apenas no Japão, este é o segundo e mais popular DVD multimídia. A maior parte do conteúdo achado em Art of Silent Hill está incluída aqui com adição do conteúdo citado a baixo. Ele se divide em sete sessões, que contém as trilhas sonoras completas, coleção de trailers, desenhos e galeria das criaturas dos três primeiros jogos. E também três vídeos musicais: "Ki-no-ko", "Fukuru", "Usagimu" e um vídeo com a Heather cantando a música "You're Not Here" do Silent Hill 3 Original Soundtrack.

Inescapable rain in Yoshiwara (2004)

Uma espécie de drama em áudio adicionado à versão japonesa de Silent Hill 4 Original Soundtrack. Ela foi feita por Akira Yamaoka e Teisui Ichiryûsai, e durava 57 minutos. Entretanto, mais tarde foram adicionados mais dezesseis minutos de capítulo à história. De qualquer forma, a história não está ligada a série Silent Hill.

The Silent Hill Experience (2006)

Este UMD foi lançado no dia 6 de Abril de 2006 para o PlayStation Portable como um item promocional para filme Silent Hill. Este é o terceiro disco multimídia relacionado à série Silent Hill.

The Silent Hill: Cage of Cradle (2006)

Mangá interativo escrito por Hiroyuki Owaku e ilustrado por Masahiro Ito. Atualmente, ele só é disponível nos celulares do Japão. Não há muita coisa a se saber sobre a história, e que a maioria das imagens foi cancelada. O que é conhecido, entretanto, é que a história foca Lisa Garland antes dos eventos do primeiro jogo da série. Imagens promocionais revelam que o Doutor Kauffman aparece, assim como Pyramid Head e Alessa Gillespie. Estas imagens foram claramente influenciadas pelo visual do filme de Silent Hill.

Silent Hill Collection (2006)

Silent Hill Collection é um DVD que inclui três jogos da série: Silent Hill 2, Silent Hill 3 e Silent Hill 4: The Room. Foi lançado, em Abril de 2006, para o PlayStation 2, para coincidir com o lançamento do filme nos Estados Unidos. É apenas disponível na Europa, Austrália e Japão.

Silent Hill: The Arcade (2007)

Lançado apenas para os arcades do Japão, a Konami revelou um jogo baseado nos anteriores da série. O jogo conta com dois personagens, Eric e Tina, que entraram em Silent Hill e devem batalhar contra diversos inimigos, incluindo as enfermeiras e o Pyramid Head do Silent Hill 2. O arcade se parece muito com o jogo The House of the Dead (A Casa dos mortos).

Silent Hill: Double Under Dusk (2007)

Este é o segundo mangá de Silent Hill lançado exclusivamente para a rede de celulares da Konami.

Silent Hill: Orphan (2007)

Silent Hill: Orphan é o primeiro jogo da série a ser lançado para telefones celulares. Este jogo é baseado em três pessoas que vão para o orfanato de Silent Hill para descobrir mais sobre o seu passado.

Silent Hill: The Escape (2008)

Silent Hill: The Escape (não confundir com Silent Hill: No Escape, um filme em animação criado por fãs da série) é o primeiro jogo da série a ser lançado para telefones celulares no formato em 3D. O jogo é baseado na perspectiva em primeira pessoa num ambiente parecido com um labirinto, e usa a câmera do próprio telefone para monitorar os movimentos do jogador, para que seja possível mirar e recarregar a sua arma. O jogador irá deparar-se com vários monstros conhecidos neste jogo, como as enfermeiras.

Silent Hill Chapter 1 (2009)

Silent Hill Chapter 1 é o terceiro jogo da série para celular,o jogo é totalmente em 1ª pessoa,é similar ao Silent Hill Play Novel,pois relata os acontecimentos de Harry,mas é um jogo jogável.

Silent Hill Mobile 2 (2009)

Silent Hill Mobile 2 é o segundo jogo de celular da série com mais de um personagem jogável. Assim como Silent Hill Orphan, esse também é jogado em 1ª pessoa.

Filmes

Silent Hill (2006)

O filme Maldição do Vale  ou Terror em Silent Hill foi inspirado no primeiro Silent Hill e conta a história de Rose, que parte para a cidade de Silent Hill em busca de uma solução para o sonambulismo da filha Sharon, que em suas crises falava "casa" e "Silent Hill' enquanto dormia. O filme contém várias cenas fidedignas as do jogo. A produção teve o cuidado especial fazer os monstros com atores verdadeiros para ter um resultado mais próximo da realidade.

Silent Hill: Revelation 3D

Um segundo filme está sendo planejado para lançar em 2012, e o que já se sabe é que o filme será chamado de Silent Hill: Revelation e será em 3D, e que a personagem principal será Heather Mason, protagonista do jogo Silent Hill 3, junto com seu pai, ambos fugindo de forças que ela desconhece. À véspera de seu aniversário de 18 anos, Heather começa a ter pesadelos e seu pai desaparece, e ela acaba descobrindo que não é quem pensa que é. A tal "revelação" a leva a um mundo demoníaco que ameaça prendê-la em Silent Hill para sempre.

Livros

Todos os livros são oficiais e disponíveis apenas no Japão.

Lost Memories (2003)

Um guia que detalha vários aspectos dos primeiros três jogos com simbolismo e ideias por trás dos jogos e durante o processo de produção. Originalmente lançado junto com a versão original de Silent Hill 3, o livro ganhou versões não oficiais traduzidas em diversas línguas fora do Japão.

Drawing Block: Silent Hill 3 Program (2003)

Livro de imagens vendido junto com as edições limitadas do Silent Hill 3, ela vinha junto com o DVD Lost Memories e dois pôsteres.

Silent Hill (2006)

Adaptação do primeiro jogo da série em forma de novela por Sadamu Yamashita. Ela é dividida em três capítulos: Névoa, Escuridão e Pesadelo.

Silent Hill comic

São bandas desenhadas  ou histórias em quadrinhos  escritas por Scott Ciencin com desenhos de Ben Templesmith (Dying Inside #1 e 2), Aadi Salman (Dying Inside #3, 4 e 5), Shaun Thomas (Paint It Black e Among The Damned) e Nick Stakal (Grinning Man, Dead/Alive #1 até 5),Steph Stamb (Sinner's Reward), elas foram publicadas pela IDW Publishing.

Influências e curiosidades


Silent Hill
A história de Silent Hill é densa e, tem referências a outros trabalhos. Os designers do jogo claramente se inspiraram em muitas fontes de ficção científica e horror. Os criadores acharam maneiras interessantes de integrar suas referências ao jogo. O folclore norte-americano é uma das influências, assim como também o japonês, que pode ser percebido em todos os jogos, já que, de acordo com uma crença nipônica, nos jogos os pensamentos e emoções de indivíduos que morreram ainda permanecem amaldiçoando a cidade (filmes como The Ring, The Grudge e Dark Water mostram claramente essa ideia), isso somado ao "poder" do criador do "outro mundo", cria a realidade alternativa vista em diversos lugares da cidade.
  • Todos os quatro títulos de Silent Hill contém referências do filme Jacob's Ladder. Silent Hill gradualmente declina da normalidade estilizada e decai para o que parece uma lembrança próxima da estética visual do filme. E os monstros de Silent Hill, a maioria das vezes, aparecem com a cabeça tremendo rapidamente de lado a lado, de um jeito antinatural e bizarro, uma ligação direta com o estilo visual de Jacob's Ladder. Silent Hill 2 implica a noção da cidade ganhar aspecto de purgatório pessoal, outra similaridade com o tema do filme. Outra referência forte é no jogo Silent Hill 3, no qual usa o nome Bergen Street para a estação de metrô onde Heather se encontra. A estação de Bergen Street é uma parte significante em Jacob's Ladder e o cenário se parece muito. Similarmente, o "Mundo do Metrô" em Silent Hill 4: The Room, que é surreal e tem saídas bloqueadas, parece muito com o filme.
  • O livro Parque Jurássico ou Parque dos Dinossauros e seu autor, Michael Crichton, são mencionados no jogo, sendo o sobrenome deste, nome de uma rua na Área Comercial no mapa de Silent Hill. O dinossauro pterodáctilo é referenciado na forma de um dos monstros, além de possivelmente ser o que Alessa mais gostava, como se pode ver pelo jogo em desenhos feitos por ela em seu quarto.
  • O livro House of Leaves e seu uso da física dos espaços impossíveis pode ter influenciado na série, principalmente no Silent Hill 2, que tem corredores praticamente intermináveis e buracos no chão onde não se sabe onde vão acabar e nem o quanto James desceu até chegar ao lago Toluca.
  • A série cult de televisão Twin Peaks é dita tendo uma influência em muitos aspectos dos jogos. Ambos jogo e série de TV se passam numa cidade de férias. As sequências de sonho de David Lynch na série são muito parecidas com o surrealismo que ocorre através do jogo. Uma das casas em Silent Hill tem uma grande figura de uma coruja, que é proeminentemente usada nas imagens de Twin Peaks.
  • A casa de Dahlia Gillespie é copiada da casa de Andrew Wyeth em Christina's World, que foi baseado na casa real de Olson em Cushing, Maine.
  • O Incubus de Silent Hill no final do jogo é visualmente baseado no Baphomet. Silent Hill 3 também contém referências à Sandalphon e seu irmão gêmeo Metatron, um anjo detalhado na Cabala. Dahlia Gillespie menciona o nome Samael, um arcanjo Hebreu, conhecido na religião cristã como o anjo da morte, ou a décima praga do Egito. Samael é mencionado como "O Torah" que barganha com Yaweh se poderia ou não comer a alma de Moisés. Samael significa "Veneno de Deus", em hebraico.
  • Cadeiras de rodas são figuras que sempre aparecem na série. Em Silent Hill um chefe, Cybil, é encontrada sentada numa cadeira de rodas, e muitas outras são vistas no decorrer do jogo. Em certo ponto de Silent Hill 3, Heather passa por uma parede de vidro. Do outro lado tem uma cadeira de rodas vazia do lado de fora de uma sala que parece ser um instituto de doenças mentais. Isso fortemente relembra uma proeminente imagem do filme Session 9. Outra cadeira de rodas pode ser encontrada jogada no piso, sua roda ainda girando relembrando uma cena de Jacob's Ladder. Em Silent Hill 4: The Room, o jogador é atacado por cadeiras de rodas que não podem ser combatidas. Uma cadeira de rodas vazia é também uma imagem recorrente do filme The Changeling.
  • Através da série, é percebido claramente que tem três níveis de realidade. O "Nível Superior" é onde as pessoas vivem suas vidas normais, tendo dificilmente algumas possíveis diferenças com cidades desse tipo. O segundo nível é chamado de Silent Hill "Neblina" (ou "Alternativa" Silent Hill), onde todas as coisas estão sob quase nenhuma visibilidade, similar a The Mist, de Stephen King (a história favorita do desenvolvedor da série). Alguns monstros são visíveis nesse ponto, mas a cidade em sua maioria está praticamente imutável. A terceira camada, onde a real corrupção da realidade permanece, pode ser chamada de "outro mundo", ou como é comumente chamada Silent Hill escura. Essa escuridão não é somente física, mas também é usada para colocar o jogador no caminho, mas corresponde também ao tipo de monstros encontrados ali. Esse Outro Mundo é o centro podre da cidade. No entanto, recentes adaptações para revistas em quadrinhos somente tem trazido duas camadas, onde Silent Hill está de fato abandonada e monstros infestam a cidade fantasma. Paint It Black aponta que os cabos, a energia e os telefones funcionam no limite da cidade e que os estoques de comida são renovados.
  • Apesar da cidade de Silent Hill ser oficialmente localizada em algum lugar da Nova Inglaterra, tem um lago na cidade chamado Toluca, nomeado depois do real lago Toluka no sul da Califórnia, próximo de Burbank, norte de Hollywood, e Studio City. O diretor David Lynch historicamente comeu um lanche no restaurante Bob's Big Boy todo dia, por aproximadamente sete anos seguidos. Esse particular Bob's Big Boy é localizado no lago Toluca, CA na Riverside Drive, rua abaixo do Warner Bros. Studios e Universal Studios.
  • Uma versão cinematográfica de "Silent Hill" foi lançada em 21 de Abril de 2006 nos cinemas americanos, chegando apenas em 18 de Agosto no Brasil com o título de Terror em Silent Hill. O filme foi produzido com muito esmero pela equipe de produção, pois seguiu os aspectos técnicos do jogo, porém com certas adaptações bruscas no roteiro.
  • Tanto os jogos quanto o filme mostram, também, influências do giallo, estilo de cinema de terror e suspense produzido na Itália desde os anos 60 até os 80 e defendido com maestria por gênios da cinematografia italiana como Dario Argento, Mario Bava, Lucio Fulci, dentre outros.
  • A cidade Centralia, localizada na Pensilvânia, também foi usada como inspiração na produção de Silent Hill. Em 1962 houve um acidente em uma mina de carvão subterrânea. Devido a grande quantidade de carvão mineral encontrada na região, causou um enorme incêndio, e deixou toda a cidade coberta de fumaça. Apesar da semelhança entre a cidade fictícia e a cidade Centralia, a neblina densa que persiste em atrapalhar a visão do jogador foi elaborada para fins estratégicos na produção do jogo, uma vez que o jogo explora toda a capacidade gráfica conhecida da plataforma em que rodava, PlayStation. Como o console tem recursos gráficos limitados, a neblina foi feita para evitar que os efeitos building do jogo fossem notados, ou seja, os efeitos que denotavam a construção do cenário em função da distância da "câmera", sendo que seria impossível que todos os gráficos estivessem carregados simultaneamente, assim só a pequena área visível pelo jogador estaria em processamento evitando slowdowns.

Referências

  1. Plot Analysis by SilentPyramid (em inglês). GameFAQs. Página visitada em 20 de Outubro de 2007. "1-1. Power of the Mind."
  2. Welcome to the World of Water (em inglês). Hadolife. Página visitada em 6 de dezembro de 2007.
  3. Plot Analysis by SilentPyramid (em inglês). GameFAQs. Página visitada em 20 de Outubro de 2007. "1-2. Accumulation"
  4. Hystory of Silent Hill (em inglês). Book of Lost Memories. Konami, 2003. Translated Memories. Página visitada em 30 de setembro de 2007. "Pág. 6-7, "Hystory of Silent Hill""
  5. Game Informer. Visitado em 14 de Outubro de 2007.
  6. ↑ "Silent Hill Origins sairá para PS2 em março". Game Vício. . (página da notícia visitada em 28 de março de 2008)
  7. a b c "Confira os primeiros detalhes de Silent Hill: Downpour". GamesBrasil.com.br. 8 de Janeiro de 2011. (página da notícia visitada em 10 de Janeiro de 2011)
  8. Silent Hill: Play Novel (em inglês). Silent Hill Heaven. Página visitada em 25 de setembro de 2007.
  9. Release dates for Silent Hill 2 (em inglês). Internet Movie Database.
  10. ↑ "AFM '10: BREAKING NEWS: 'Silent Hill: Revelation 3D' Director!!!!" (em inglês). Bloody-Disgusting!. 3 de novembro de 2010. (página da notícia visitada em 21 de novembro de 2010)
  11. Visual Concept (em inglês). Book of Lost Memories. Konami, 2003. Translated Memories. Página visitada em 15 de dezembro de 2007. "Pág. 90-91, "Visual Concept""

Ligações externas

Sites Oficiais

  • Site Oficial de Silent Hill (em inglês)
  • Konami America (em inglês)
  • Konami Japan (em japonês)

Sites em Portugal

  • Secção de Silent Hill no Otherworld Portal (em português)
  • Filme de Silent Hill no Cinema PTGate (em português)

Sites no Brasil

  • Silent Hill Wikia (em português)
  • Silent Hill Net (em português)
  • Report Horror Project (em português)


Fotos do filme:

Fotos do jogo:

Especial: Harry Potter e as Relíquias da Morte- Parte 1



'Harry Potter e as Relíquias da Morte', a sétima e última aventura da franquia Harry Potter, tem sido ansiosamente aguardado, e sua história será contada em dois longas-metragens.
A Parte 1 tem início com Harry, Rony e Hermione imbuídos da arriscada missão de localizar e eliminar objetos que guardam o segredo da imortalidade e do poder de destruição de Voldemort: as Horcruxes. Sozinhos, sem a orientação de seus mentores nem a proteção do professor Dumbledore, os três amigos, mais do que nunca, podem contar somente uns com os outros. E em seu caminho há forças das Trevas que pretendem destruí-los.
O mundo dos bruxos tornou-se um lugar perigoso para todos os inimigos do Lorde das Trevas. Há muito temida, a guerra começou e os Comensais da Morte de Voldemort tomaram o controle do Ministério da Magia e até mesmo de Hogwarts, aterrorizando e capturando qualquer um que se oponha a eles. Porém, ainda estão atrás do prêmio mais valioso para Voldemort: Harry Potter. O Escolhido está sendo caçado e os Comensais da Morte têm ordens de levá-lo até Voldemort, e com vida.
A única esperança de Harry é achar as Horcruxes antes que Voldemort o encontre. Ao procurar pistas, ele acaba descobrindo uma antiga e esquecida história, a lenda das Relíquias da Morte. Se a lenda se revelar verdadeira, pode fornecer a Voldemort o imenso poder que ele tanto almeja.
Mal sabe Harry que seu futuro já foi decidido no passado, quando num dia fatídico tornou-se “O Menino que Sobreviveu”. Não mais apenas um menino, Harry Potter se aproxima cada vez mais da tarefa para a qual vem se preparando desde o dia em que colocou os pés pela primeira vez em Hogwarts: a batalha final com Voldemort.


SOBRE A PRODUÇÃO
O COMEÇO DO FIM
Desde o momento em que Harry Potter foi apresentado, pessoas de todo o mundo se entusiasmaram com as aventuras do menino bruxo que mudou a história da literatura e do cinema. Há mais de uma década David Heyman está imerso nesse mundo mágico, como produtor de todos os filmes baseados nos livros - sempre nas listas de mais vendidos - de J. K. Rowling, que também exerceu a função de produtora na adaptação para o cinema de seu sétimo e último livro, “Harry Potter e as Relíquias da Morte”.
No entanto, quando Heyman começou a trabalhar no último episódio da franquia que quebrou recordes, percebeu que ele apresentava alguns desafios especiais, e como abarcar todos os fios entrelaçados da história à medida que o clímax final da série se aproximava não era o menor deles.
Quebrando a tradição da série, a decisão foi dividir “Harry Potter e as Relíquias da Morte” em dois longas-metragens. “Quando Steve Kloves começou a trabalhar no roteiro, ficou claro que precisaríamos omitir coisas demais para fazer justiça ao livro de J. K. Rowling em um único filme. Havia simplesmente detalhes demais que eram essenciais para a resolução da série”, explica Heyman.
O produtor David Barron acrescenta: “Com os livros anteriores, a decisão sempre foi seguir a jornada de Harry, por isso foi possível identificar cenas específicas que, embora fossem muito agradáveis de ler, não avançavam necessariamente a história. Porém, o importante no sétimo livro é a definição, colocar os pingos nos ‘is’”.
Daniel Radcliffe, que interpreta o papel-título de Harry Potter, comenta: “A complexidade do enredo que J. K. Rowling havia mapeado desde o início é uma façanha fantástica de narração. Ele tem reviravoltas, mistério e romance, comédia e ação - todos os elementos brilhantes aos quais as pessoas reagiram ao longo dos anos. Era o único meio de contar a história de forma completa e satisfatória”.
Dirigindo seu terceiro longa-metragem de Harry Potter, David Yates diz que a Parte 1 de “Harry Potter e as Relíquias da Morte” também rompe a tradição ao tirar os personagens centrais do ambiente conhecido de Hogwarts. É, na verdade, o primeiro filme da franquia em que a emblemática Escola de Magia e Bruxaria nunca é vista. “Acho que é uma das coisas mais intrigantes da Parte 1”, afirma o diretor. “Estamos distantes do ambiente mágico de Hogwarts, que parecia seguro mesmo quando os personagens corriam grande risco. De repente, Harry, Rony e Hermione estão tentando sobreviver no mundo cruel, e há muitos perigos. Eles se sentem isolados, sozinhos e muito vulneráveis. Isso torna a aventura muito mais tensa e adulta, o que realmente me agradou, e também a Dan, Rupert e Emma”.
Radcliffe afirma: “Acho que isso dá ao filme um tom mais adulto porque é mais difícil nos ver como colegiais quando não estamos mais na escola”.
Reprisando o papel de Rony Weasley, Rupert Grint comenta: “Fora da segurança de Hogwarts e da proteção de seus pais e professores, tudo pode acontecer. Eles podem ser atacados a qualquer momento, o que dá ao filme uma energia diferente”.
“Harry, Hermione e Rony não têm mais casa”, observa Emma Watson, que retorna ao papel de Hermione Granger. “Eles estão sempre mudando de lugar e, ainda pior, estão sendo perseguidos, por isso não sabem em quem confiar. Os riscos são grandes, então eles precisam ser corajosos”.
Na verdade, nunca os riscos foram tão grandes já que o destino do mundo dos bruxos e do mundo dos trouxas está nas mãos desses jovens. Tendo aprendido o segredo do poder e da imortalidade de Voldemort, Harry está em uma missão para rastrear as Horcruxes: itens nos quais o Lorde das Trevas escondeu pedaços de sua própria alma. Se restar ao menos um, Voldemort nunca poderá ser derrotado. Duas das Horcruxes já tinham sido destruídas: o diário de Tom Riddle e o anel que pertenceu a Marvolo Gaunt, o avô materno de Riddle. Harry e Dumbledore acreditavam que haviam localizado a terceira Horcrux, o medalhão de Salazar Sonserina, mas descobriu-se que ele era falso e que o verdadeiro havia sido roubado por alguém com as iniciais R.A.B.
O problema é que as Horcruxes podem estar praticamente em qualquer lugar ou em qualquer coisa. “Acho que no início Harry não compreende aquilo a que precisa dar continuidade”, opina Barron. “Ele só sabe que tem um trabalho a fazer e que precisa continuá-lo. E Rony e Hermione nunca o abandonariam, assim isso se torna uma grande jornada para os três, física e emocionalmente falando”.
O rastro das Horcruxes tem também consequências inesperadas para Harry, pois revela algumas verdades dolorosas sobre o passado de Dumbledore.
“Quanto mais Harry descobre sobre Dumbledore, coisas de que não sabia ou que ele sente que foram escondidas dele, mais sua confiança se desfaz”, relata Radcliffe.
“Para Harry, isso se torna uma crise de confiança”, confirma Yates. “O que dificulta as coisas duplamente para ele é que Dumbledore lhe deu essa missão sem plano claro — na verdade sem nenhuma ideia — de como cumpri-la, o que está colocando seus amigos em risco. Isso leva a um verdadeiro teste do relacionamento deles, o que é outro elemento interessante da história”.
“Sempre acreditei que, com toda a magia, ação e aventura das histórias de Harry Potter, no fundo o importante são os personagens”, enfatiza Heyman. “Neste filme, seus relacionamentos são mais complexos do que nunca, e Dan, Rupert e Emma estão melhores do que jamais estiveram na exploração profunda dessas relações”.
Yates concorda, acrescentando que Radcliffe, Grint e Watson tiveram um forte senso de responsabilidade com os papéis que encarnaram por quase metade de suas vidas. “Eles sabiam intuitivamente como os personagens responderiam a certas coisas, frequentemente bem melhor que nós. Adoro isso neles. Como diretor, foi maravilhoso me envolver com eles porque houve momentos em que eu não estava apenas falando com o ator, estava na verdade falando com o personagem”.

REUNIÕES FAMILIARES
Assim como Harry Potter, Lorde Voldemort também tem uma missão: acabar com a vida do “Menino que Sobreviveu”. Yates analisa: “Voldemort está no auge do poder absoluto. Ele esteve escondido nas sombras, aguardando o momento de voltar e impor sua vontade ao resto do mundo. Tudo mais em seu plano se encaixou, ele só precisa lidar com um pequeno detalhe. Voldemort não compreende como essa ‘criança’ se tornou seu adversário mais forte, mas sabe que precisa ser aquele que matará Harry Potter. Em primeiro lugar, ele é o predestinado e, depois, há a pura satisfação de fazer isso depois de ter sido derrotado tantas vezes. É mais do que pessoal a esta altura”.
Ralph Fiennes, que está praticamente irreconhecível no papel de Lorde Voldemort, diz: “Ele é motivado por uma raiva profunda. A única coisa que o atiça é poder e mais poder, a capacidade de controlar, manipular e destruir pessoas. É seu vício”.
Yates comenta: “Ralph é muito assustador quando interpreta Voldemort. Ele tem a capacidade de acessar lugares sombrios da mente como ator, você consegue sentir a temperatura no ambiente cair enquanto ele entra no personagem”.
Os Comensais da Morte tratam o Lorde das Trevas com um misto de reverência e medo, sabendo que não é preciso haver muita provocação para que ele se volte contra seus seguidores mais fiéis. Se eles precisavam de um lembrete dessa ameaça, ele está lá na sempre ao lado de Voldemort — a única criatura viva que Voldemort trata com verdadeira ternura —, a grande cobra chamada Nagini.
Voldemort convocou seus Comensais da Morte de elite à mansão dos Malfoy para planejar quando, onde e como encurralar Harry Potter. O último a chegar é Severo Snape, interpretado por Alan Rickman. “Toda vez que observo Alan como Snape, fico impressionado com a complexidade e todos os matizes de sua atuação”, elogia Heyman. “Ele consegue transmitir o humor e o veneno no mesmo fôlego. E nesse filme você começa a sentir o tremendo fardo do segredo que Snape está carregando”.
Snape informa aos que estão reunidos quando Harry deixará sua casa na rua dos Alfeneiros, alertando-os de que ele “receberá toda proteção” da Ordem da Fênix. Todavia, Fiennes afirma: “Voldemort acredita que finalmente derrotará Harry Potter. Ele está desfrutando de seu controle, como um imperador”.
Porém, Voldemort descobriu que não pode matar Harry Potter com sua própria varinha. Ele extraiu do fabricante de varinhas Olivaras (John Hurt) a informação de que sua varinha e a de Harry são “gêmeas”, possuem o mesmo núcleo. Em uma voz carregada de malícia ligeiramente velada, ele sugere que Lúcio Malfoy tenha a “honra” de desistir de sua varinha para Voldemort.
“As varinhas são uma parte importante da história em ‘As Relíquias da Morte’— a lei das varinhas e como elas são pessoais para os bruxos”, especifica Yates. “As propriedades das varinhas tornam-nas quase como personagens. Ainda no primeiro livro, aprendemos com Olivaras que ‘a varinha escolhe o bruxo’; para eles, perder uma varinha pode ser como perder uma parte de si mesmo. Por isso, quando Voldemort toma a varinha de Lúcio Malfoy, é como se tomasse sua masculinidade, algo vital para sua autoestima”.
Quando encontramos Lúcio Malfoy em “Harry Potter e a Câmera Secreta”, ele era um bruxo presunçoso que não se dava ao trabalho de esconder seu desdém pela maioria das pessoas, que considerava inferiores, e que estava criando o filho, Draco, à sua imagem. Mas ele retornou de um breve encarceramento em Azkaban uma sombra de quem costumava ser. Ele precisa agora suportar silenciosamente o fato de que foi substituído na cabeceira da mesa da família e sua própria casa foi confiscada por Voldemort e transformada em quartel-general.
Jason Isaacs, que novamente assume o papel de Lúcio Malfoy, diz que a perda de sua varinha pode ser apenas a punição mais recente a recair sobre Lúcio, mas é, de longe, a pior. “Tomar a varinha de um bruxo é enfraquecê-lo completamente, e Voldemort não só a toma, mas retira a cabeça de cobra, um adorno vistoso e pessoal de família, e o atira sobre a mesa como se fosse lixo, o que humilha Lúcio na frente de todos os outros Comensais da Morte. Lúcio sempre foi um pavão de incrível vaidade e arrogância, sempre presumiu que ficaria ao lado de Voldemort como seu braço direito. Mas, após se enfraquecer na prisão, depois que Draco falhou em sua missão de matar Dumbledore e dessa humilhação pública, ele não faz ideia do que o futuro reserva para ele... se ele ainda tiver um futuro”.
Sentado ao lado do pai, Draco Malfoy está lidando com suas próprias desconfianças. Outrora um jovem e arrogante valentão da Sonserina, ele agora se confronta com a realidade crua de ser um Comensal da Morte. Tom Felton, que interpreta Draco, comenta: “No último filme vimos que, apesar de desejar ser o protegido do pai, para ser o malvado ‘escolhido’, por assim dizer, Draco não tinha a menor chance. Ele está percebendo que esse não é o tipo de pessoa com que deseja se associar, mas não tem escolha quanto a isso. Não se engane, Draco não é um mocinho sob nenhum parâmetro. Mas ele certamente questiona o que está testemunhando, e sequer tem ideia do que fará ao final. Tivemos algumas oportunidades de explorar isso na história, o que foi muito interessante para mim como ator”.
A tia de Draco, Belatriz Lestrange, não tem esses remorsos. Retornando ao papel, Helena Bonham Carter declara que Belatriz está gloriosa como a discípula mais servil e sedenta de sangue de Voldemort. “Ela simplesmente adora a supremacia, a superioridade dele e particularmente o fato de não ter nariz. É tão sexy”, ela diz com uma risada. “Belatriz é uma fanática, para não dizer doida varrida. Ela não tem limites e está sempre em sua plenitude, por isso me tomou toda a energia. Interpretá-la pode ser bastante exaustivo, mas por causa disso é que é tão divertido”.
“Helena se divertiu com a personagem. Acho que é uma prova de seu talento que ela tenha feito com que amássemos Belatriz, mesmo que ela seja desagradável”, diz Barron.
Com Voldemort no controle, o perigo avança além de Harry Potter e chega a todos os envolvidos com ele e suas famílias. Como bruxos, os Weasley são capazes de lutar magia com magia, mas as famílias trouxas de Harry e Hermione estão especialmente vulneráveis
Para salvar os pais, Hermione toma uma decisão muito difícil. Em uma cena apenas mencionada no livro, ela deixa a casa para trás, levando consigo as lembranças que seus pais tinham da filha única. Emma Watson conta: “Hermione sabe que aliando-se a Harry ela está colocando os pais em perigo. A única forma de protegê-los é cortando relações com eles completamente, por isso ela remove as lembranças que eles têm dela, o que é trágico porque ela está perdendo o pai e a mãe para sempre. Fiquei muito encantado pela forma como Steve Kloves escreveu a cena. Foi comovente e também faz com que percebamos a magnitude do sacrifício que Hermione, e também Rony, estão fazendo pelo amigo Harry”.
Embora seja decididamente um sacrifício menor, Harry deve também dizer adeus à sua família trouxa: seu insuportável Tio Válter, a tia Petúnia e o primo, Dudley. Enquanto os Dursley se dirigem para longe de sua casa vazia na rua dos Alfeneiros, Harry não tem muito tempo para lembrar da infância passada no armário debaixo das escadas.
Um ruído na porta da frente o alerta da chegada de seus seguranças: Rony e Hermione, Arthur Weasley, Olho-Tonto Moody, Tonks e Lupin, os gêmeos Fred e Jorge Weasley, o irmão mais velho deles, Gui, e sua noiva, Fleur Delacour, Mundungo Fletcher, Quim Shacklebolt, e o último, mas não menos importante, Rúbeo Hagrid. Eles vieram para transportar Harry para um esconderijo.
Não há segurança nos números quando se luta contra os Comensais da Morte, por isso Olho-Tonto criou um esquema para enganá-los. Seis do grupo tomarão a Poção Polissuco, resultando em sete “Harry Potter” idênticos saindo em sete direções diferentes. “Confusão é o nome do jogo”, afirma Brendan Gleeson, que interpreta Olho-Tonto Moody, o líder do grupo. “Olho-Tonto pode ser um pouco idiota, mas ele é uma força que precisa ser considerada. Ele é um homem de sentimentalismo limitado, mas é tocante o fato de que, por baixo do exterior severo, suas intenções sempre tenham sido corretas”.
A cena apresentou desafios de filmagem e atuação. Como Hermione, Rony, Fred, Jorge, Fleur e Mundungo transformaram-se em seis Harrys falsos, Daniel Radcliffe teve de representar cada uma de suas personalidades. O ator explica: “A Poção Polissuco os transforma em Harry na aparência externa. Ela não muda quem eles são de verdade, por isso eu tive que fazer um pouco de imitação dos outros personagens”.
“Fizemos com que cada um dos atores interpretasse a cena para que Dan pudesse observá-los”, explica Yates. “Por exemplo, descobrimos que Andy Linden, que interpreta Mundungo, anda como se estivesse em esquis, por isso pedi que Dan exagerasse isso um pouco. Normalmente, prefiro atores que buscam a espontaneidade — aja naturalmente e a câmera encontrará a atuação. Mas, nesse exemplo, percebi que seria mais divertido estimular. Assim a espontaneidade ficou no banco de trás”, ele diz, sorrindo. “Eu dizia o tempo todo para Dan, ‘Apenas pratique’. Acho que ele gostou muito disso”.
Sob um ponto de vista técnico, Yates, o supervisor de efeitos visuais Tim Burke e o diretor de fotografia Eduardo Serra usaram um equipamento de captura de movimento para captar várias passagens enquanto Radcliffe interpretava cada uma das ‘duplicatas’ de Harry”. As tomadas foram então unidas para completar a ilusão de que sete Harry Potter diferentes ocupavam o mesmo ambiente ao mesmo tempo. O diretor recorda: “Foi muito cansativo. A coisa toda levou cerca de três dias e quase cem tomadas para ser concluída”.
Assim que todas as iscas estão vestidas de forma idêntica e com os óculos apropriados, cada Harry se associa a outro membro da equipe como seu protetor. Completando o ciclo, o verdadeiro Harry está em par com Hagrid, que o entregou na Rua dos Alfeneiros, nº 4 quando bebê. Mais uma vez interpretando o papel do adorado semigigante, Robbie Coltrane comenta: “Foi Hagrid quem o levou lá dezesseis anos antes. Foi Hagrid que contou a Harry que ele era um bruxo e o informou de seu lugar importante no mundo da magia. Eles sempre tiveram um relacionamento muito especial, então é adequado que ele seja quem vai levar Harry embora”.
O compositor Alexandre Desplat, que criou sua primeira trilha de Harry Potter para “Relíquias da Morte – Parte 1”, concorda. “Nossos heróis estão em constante movimento, por isso queria que a música seguisse a trilha de sua jornada e encontrasse o equilíbrio certo entre ação, suspense e emoção”.
“A música de Alexandre expressa muitas cores e emoções diferentes”, analisa Heyman. “Sua trilha tem escala e intimismo, escuridão e luz”.
“Meu objetivo era dar ao filme uma impressão musical original”, continua Desplat. “Ao mesmo tempo, eu queria continuar o rico legado musical dos compositores que criaram trilhas para os filmes de Harry Potter anteriores, mantendo a grande tradição da série”.
David Barron reflete: “É isso que torna tão incrível trabalhar nesses filmes, o fato de que eles têm uma fundação sólida como rocha, que começa com os livros de J. K. Rowling. A coisa mais importante para nós foi fazer um filme encaixando o material que ela criou”.
“Tudo começa e termina com J. K. Rowling, não estaríamos aqui sem ela”, afirma Heyman. “Sinto-me privilegiado em ter trabalhado em Harry Potter por mais de uma década. Tem sido inspirador, desafiador e muito divertido”.
David Yates conclui: “Estou particularmente entusiasmado e orgulhoso de ser o diretor que tem a oportunidade de levar o clímax dessa excelente história para o público. Estou ansioso para isso”.
Continua…

Especial: Harry Potter e as Relíquias da Morte- Parte 2


Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 é a aventura final da série de filmes Harry Potter. O aguardado filme é a segunda parte da produção cinematográfica dividida em dois longas-metragens.
No desfecho épico, a batalha entre as forças do bem e do mal da magia alcançam o mundo dos trouxas. O risco nunca foi tão grande e ninguém está seguro. Mas é Harry Potter o escolhido para o sacrifício final no clímax do confronto épico com Lorde Voldemort.
E tudo termina aqui.
SOBRE A PRODUÇÃO
“Você é um bruxo, Harry.”
Há dez anos, essas palavras marcaram o começo de uma extraordinária jornada cinematográfica de um garoto cujo nome tornou-se sinônimo de magia: Harry Potter. No decorrer da uma década, o filme que traz seu nome mudou a história do cinema ao mesmo tempo em que mudava as vidas do elenco e dos cineastas que se dedicaram a dar vida à obra literária composta de sete volumes de J.K. Rowling, levando-a às telas.
Começando com Harry Potter e a Pedra Filosofal em 2001 e culminando com o ato final dividido em duas partes – Harry Potter e as Relíquias da Morte –, os filmes tornaram-se a franquia de maior arrecadação de todos os tempos, capturando a imaginação do público ao redor do mundo. Além disso, tanto os livros quanto os filmes foram incorporados em nossa cultura, acrescentando palavras como “Quadribol”, “Hogwarts” e até mesmo “Expelliarmus!” ao léxico global.
David Heyman, que em 1997 descobriu o ainda não publicado manuscrito de Harry Potter e produziu todos os filmes, reconhece: “Eu não havia imaginado, quando embarcamos no primeiro filme, o nível de resposta do público com o passar dos anos. Está além dos meus sonhos mais incríveis, por isso eu olho para trás com grande orgulho e gratidão aos fãs e especialmente a Jo Rowling.”
Os filmes da série Harry Potter foram uma empreitada sem precedentes para todos os envolvidos. Nenhuma outra franquia cinematográfica jamais seguiu uma história linear ao redor dos mesmos personagens durante oito longas-metragens.
O produtor David Barron destaca: “Foi realmente algo singular, mas inteiramente dependente de uma fonte rica em material que, é claro, os livros nos ofereceram.”
A autora e produtora J.K Rowling afirma que, quanto à questão criativa, a trama foi desenvolvida de forma premeditada: “Eu tinha uma ideia muito clara sobre qual seria o caminho tomado por Harry. Isso era apenas uma história que eu queria contar. Para mim, essa era a chave, se eu quisesse que os livros se transformassem em filmes: eles tinham que ser feitos dessa forma. Quando eu conheci David Heyman, ele entendeu isso completamente.”
Rowling encontrou outro colaborador valioso na figura do roteirista Steve Kloves, que adaptou seis dos sete livros. Ela acrescenta: “Steve entendeu o sentido dos livros. Eu sempre aceitei o fato de que as mudanças são necessárias durante o processo de transição das páginas para a tela. Mas até mesmo as cenas diferentes continuaram fiéis ao espírito dos livros.”
“Nós tínhamos uma fábula coerente, mas que literalmente não tinha fim quando começamos, já que apenas os três primeiros livros tinham sido publicados. E mesmo que isso, às vezes, tenha criado situações desafiadoras, meus instintos sempre foram bem acurados. Mas, nessas ocasiões em que precisei de auxílio, tive uma aliada cujos conselhos eu sentia serem razoáveis: Jo”, ele declara. “Apesar de ela nunca ser explícita, estava sempre disponível e disposta a me colocar na direção correta. No fim, um princípio se mostrou bem confiável: siga os personagens.”
O diretor David Yates diz que “ao seguir os personagens, muitos dos valores que Jo celebra nos livros tornaram-se o mote nos filmes – o valor da lealdade, do amor, da amizade e da compreensão contra a intolerância e o mal”.
“A força do amor é um tema imenso tanto nos livros quantos nos filmes”, acrescenta Rowling. “Há diferentes tipos de amor expressos no decorrer da história, mas a amizade é provavelmente a forma mais forte de amor vista nos filmes.”
O amor entre amigos está embutido, em grande parte, em personagens como Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger. Eles foram interpretados por três jovens atores que literalmente cresceram nas telas: Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson.
Radcliffe relata: “Eu não poderia nem tentar definir o que o papel de Harry Potter significou para mim, mas posso afirmar que nunca caí na tentação de ser leviano ao interpretá-lo. Pode até ter sido o mesmo personagem, mas como qualquer outra pessoa Harry mudou bastante com o passar dos anos. Então, como ator, eu via cada filme como uma oportunidade de fazer algo novo e desenvolver outras habilidades.”
“Eu me sinto muito privilegiada por ter interpretado Hermione”, diz Emma. “Eu penso que por ela ser sempre verdadeira é alguém na qual as jovens podem se espelhar. Ela é muito inteligente, incrivelmente corajosa, leal aos amigos e consegue manter a calma em situações extremamente difíceis. Foi maravilhoso poder levar esses elementos de sua personalidade para os filmes.”
“Eu sei que vou sentir falta de interpretar Rony, pois houve vezes em que eu era mais ele do que qualquer outra coisa”, diz rindo Grint. “E eu gostei muito do desenvolvimento do seu personagem. Ele começou como um garoto que ficava facilmente assustado, e foi bom vê-lo crescer e tornar-se corajoso e engenhoso, especialmente nesse último filme no qual eles se encontram em um lugar tão perigoso e imprevisível.”
Heyman observa: “Durante o decorrer desses filmes, nós realmente tivemos o ‘quem é quem’ da realeza artística britânica em nossos sets de filmagem, o que foi algo fantástico. Mas assistir seu jovem elenco crescer e transformar-se em bons atores e pessoas foi uma das maiores alegrias que tive ao trabalhar nos filmes da série Harry Potter. Estamos extremamente orgulhosos deles.”
O público também observou todos os jovens personagens de Harry Potter saírem da infância e entrarem na fase adulta, e, à medida que eles amadureciam, o mesmo acontecia com suas histórias. “Trata-se de fazer funcionar sua imaginação, pois ela é como um músculo que também precisa de desenvolvimento durante o crescimento de uma criança”, afirma Alan Rickman, que interpretou o enigmático Professor Severo Snape em todos os filmes. “Para isso acontecer de forma apropriada, devemos ter grandes tópicos para pensar. O que é o certo e o que é errado? Em quem eu confio e em quem eu não acredito? O que significa ser corajoso… e o que a lealdade significa? Está tudo nos filmes.”
Em cada filme, as apostas eram elevadas e os perigos aumentados à medida que Lorde Voldemort retornava para reinar.
Em Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2, os jovens bruxos estão agora na linha de frente de um mundo em guerra. Heyman declara: “Essa é a batalha final para Hogwarts, a batalha final para o mundo dos bruxos e algo que estamos construindo no decorrer da série: o conflito final entre Harry e Voldemort.”
Yates diz que “foi importante terminar a série com um final épico, então temos batalhas e dragões, aranhas e gigantes... mas, no fundo, essa é uma história sobre os personagens. O espetáculo é importante, mas importar-se com os personagens no meio disso tudo é o que faz o público embarcar na jornada junto com eles”.
“Há muito mais ação, mas o núcleo emocional da história sempre tem sido o foco central dos filmes, e nós nunca poderíamos deixar isso de lado”, diz Barron.
Heyman concorda: “A guerra declarada entre o bem e o mal é empolgante, mas ainda há todo um apoio emocional. E, por termos investido nesses personagens por tanto tempo, o sentimento é que temos muito mais em jogo.”
A conclusão climática da história revela algumas novas e surpreendentes facetas de vários personagens queridos. “Uma das coisas mais interessantes sobre o desenvolvimento da história é que há uma linha tênue que separa as forças da escuridão e as da luz, e podemos perceber que certas pessoas são mais complexas do que aparentavam no início”, declara Yates.
“Todos os personagens, inclusive Harry, têm defeitos”, acrescenta Rowling. “Nós não temos uma pessoa totalmente boa ou totalmente má… exceto Voldemort. Ele é totalmente mal. Ele não tem qualidades redentoras”, ela diz.
O último filme leva os personagens de volta a alguns lugares familiares, inclusive a mítica Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, que não foi vista de forma alguma na Parte 1 (fato inédito na série). Concebida por Rowling e realizada pelo produtor de arte Stuart Craig, Hogwarts tem sido um lar, quartel-general e porto seguro para seus estudantes.
Hogwarts, porém, está prestes a se tornar um campo de batalha.
“Se é verdade o que você diz, que ele está com a Varinha das Varinhas,
temo que você não tenha chances.”
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 começa onde termina a Parte 1: com um roubo que terá repercussões duradouras. A cripta de pedra de Alvo Dumbledore é profanada, e uma varinha de formato distinto é levada das mãos do falecido diretor. Com uma malícia triunfante, o ladrão, ninguém menos que o próprio Lorde Voldemort, leva a Varinha das Varinhas ao ar e dispara raios contra as nuvens negras acima dele.
De acordo com a lenda, a Varinha das Varinhas é uma das Relíquias da Morte, junto com a Pedra da Ressurreição e a Capa da Invisibilidade, e juntas dão ao seu portador o domínio sobre a Morte. Cada uma possui características próprias, sendo a Varinha das Varinhas a mais poderosa varinha existente.
Ralph Fiennes, que mais uma vez interpreta o Lorde das Trevas, diz: “Voldemort acredita que quem possuir a Varinha das Varinhas terá supremacia, mas acaba sendo mais complicado que isso, o que o deixa frustrado.”
Voldemort ouviu falar da Varinha das Varinhas através de Sr. Olivaras, a quem torturou para revelar seu local. O experiente fabricante de varinhas avisa que, se Voldemort conseguir a Varinha das Varinhas, Harry não terá chances contra ele. Mas essa ameaça adicional não impedirá Harry Potter de concluir sua missão: encontrar e destruir as Horcruxes, itens nos quais o Lorde das Trevas embutiu partes de sua alma, almejando obter a imortalidade. Três já foram destruídas, quatro ainda restam, mas, enquanto apenas uma delas permanecer, o Lorde das Trevas não poderá ser derrotado.
Yates comenta: “No início da Parte 2, Harry é um homem, e não mais um garoto, e está muito decidido a cumprir sua tarefa. Ele precisa matar Voldemort. Ele sabe que precisa terminar o trabalho, e está determinado a ir até o final.”
“Você é famoso até mesmo entre os duendes, Harry Potter.”
Uma pista do paradeiro de outra Horcrux vem através de alguém que Harry conheceu no Beco Diagonal há muitos anos: um duende chamado Grampo, que trabalha no Banco de Gringotes.
Warwick Davis, que fez a voz de Grampo em Harry Potter e a Pedra Filosofal, volta a interpretar o personagem no último filme da série. Davis também é conhecido do público como o professor de Hogwarts Filius Flitwick e diz que interpretar ambos os papéis “realmente me permitiram exercitar minhas habilidades de interpretação, pois os dois personagens são polos opostos. Flitwick é um bruxo e um personagem bem caloroso, enquanto Grampo é um duende que considera os bruxos não confiáveis. Mas é Grampo que tenta manipular a situação em seu próprio benefício. Tenha cuidado se encontrar um duende”, ele diz. “Eles são muito egoístas e farão qualquer coisa em causa própria.”
Grampo conta a Harry que há uma réplica da espada de Grifinória no cofre de Belatriz Lestrange, apesar de ela desconhecer que é uma falsificação, e que Harry está com a verdadeira. O duende relata que ela é um dos muitos objetos do cofre da Madame Lestrange, e Harry suspeita que o cofre de um Comensal da Morte confiável seria o lugar ideal para esconder uma Horcrux.
“Resumindo, eles têm que realizar um roubo ao banco”, diz Yates. “Eles precisam entrar no banco para ver se há uma Horcrux no cofre de Belatriz. Se a encontrarem e a destruírem, eles ficarão um passo mais perto de matar Voldemort. Mas roubar Gringotes não será fácil, para dizer o mínimo. Há muitos obstáculos no caminho.”
Grampo concorda em ajudá-los a entrar em Gringotes por um preço alto: a espada de Grifinória. Já conseguir acesso ao cofre de Belatriz é outro problema. Com a ajuda de um pouco de Poção Polissuco, eles serão acompanhados pela própria Madame Lestrange – ou melhor dizendo, Hermione Granger disfarçada de Belatriz.
Desde que foi introduzida na trama em Harry Potter e a Ordem da Fênix, uma das marcas de Belatriz Lestrange tem sido sua loucura intensa, e Helena Bonham Carter sempre mostrou isso na natureza ilimitada de sua personagem. Mas para representar Hermione fingindo ser Belatriz foi necessário determinar alguns limites. Bonham Carter confirma: “Não é a verdadeira Belatriz, e sim a versão de Hermione para ela. São coisas totalmente opostas e divertidas, pois me deu mais conteúdo para trabalhar.”
Capturar tal dicotomia envolveu a colaboração de Bonham Carter, Yates e a pessoa que conhece Hermione melhor do que ninguém: Emma Watson.
Yates lembra-se: “Tivemos um grande ensaio onde Emma basicamente fez a cena, demonstrando como ela andaria e como diria suas falas, e nós gravamos isso para que Helena pudesse incorporar esses detalhes em sua atuação.”
Bonham Carter acrescenta: “Emma e eu discutimos a cena exaustivamente, e ela me deu diretrizes incríveis, as quais usei como guia para Hermione.”
“Eu queria que Helena transmitisse como toda essa experiência estava sendo terrível para Hermione”, Watson observa. “Ela está se sentindo muito desconfortável porque, por um lado, Hermione é bem pudica, enquanto Belatriz é selvagem e anda por aí em um espartilho de couro. Por outro, Belatriz é má e arrogante, enquanto Hermione é uma boa pessoa. Portanto, ser tão má e exigente não é tão natural assim para ela.”
Com Rony disfarçado de Comensal da Morte, e Harry e Grampo escondidos sob a Capa da Invisibilidade, o grupo entra em Gringotes, onde fileiras de caixas de bancos duendes raramente olham por sobre seus livros contábeis.
Para a sequência filmada em Gringotes, Davis teve trabalho dobrado, não apenas atuando, mas escalando o elenco. Ele explica: “Eu represento atores com menos de 1,55 de altura, então os produtores vieram me pedir para que eu encontrasse mais 60 pessoas para representar os duendes, e que também pudessem aguentar a maquiagem pesada. Atores vieram de todos os cantos da Europa, parecia até as Nações Unidas dos Duendes.”
Transformar dezenas de atores em duendes também exigiu um esforço multilateral do produtor especial de maquiagem Nick Dudman e sua equipe. Eles começaram esculpindo os rostos dos duendes, com a restrição que todos teriam que ser diferentes. Dudman confirma: “Tivemos que monitorar cuidadosamente os designs, para que não se parecessem, pois queríamos que todos fossem diferentes. Então, nós fabricamos em massa todas as próteses, mas cada uma delas tinha que ser pintada a mão, e os cabelos e sobrancelhas colados um a um no silicone. É um trabalho que exige muita mão de obra.”
“O garoto descobriu nosso segredo, Nagini.”
A singular conexão de Harry Potter com Lorde Voldemort causou medo e dor no jovem bruxo, mas também fez com que adquirisse um conhecimento único sobre a mente do Lorde das Trevas. Agora, esse conhecimento está lhe mostrando que Voldemort sabe o que eles estão tramando. O que é pior, em vez de enfraquecê-lo, a destruição de cada Horcrux o transformou em um animal ferido... desesperado e até mais perigoso.
“Quando descobre que Harry está caçando as Horcruxes, Voldemort percebe pela primeira vez que pode ficar vulnerável e vemos como começa a se desintegrar, mais interna do que fisicamente”, afirma Yates.
“Algo importante é arrancado de Voldemort cada vez que uma Horcrux é destruída, e David me encorajou a interpretar essas cenas como se ele estivesse implodindo”, relembra Fiennes. “David foi fantástico. Não houve uma cena – até mesmo aquelas que só seriam vistas por uma fração de segundos – em que ele não tentasse explorar cada aspecto do que está se passando por dentro de Voldemort, e eu valorizo muito isso.”
“Ralph e eu queríamos explorar o medo de Voldemort, sua ira, e todas as coisas que o fazem ser o monstro que é”, diz o diretor.
Do ponto de vista dos efeitos, Tim Burke diz que eles queriam que cada eliminação de Horcrux tivesse uma manifestação física: “Nós queríamos representar o mal de Voldemort com imagens sombrias e chocantes que realmente tocasse os medos subconscientes das pessoas.”
Desde quando Voldemort renasceu na tela em Harry Potter e o Cálice de Fogo, os efeitos visuais foram usados para completar essa sua imagem de serpente. Burke dá mais detalhes: “Nós usamos um processo de próteses digitais, do qual retiramos alguns traços de Ralph e acrescentamos as características semelhantes à de uma serpente, como as fendas de suas narinas. Todas as nuances de suas expressões tiveram que ser registradas em cada quadro em que Voldemort aparece, e isso não é uma coisa fácil.”
Em um senso mais literal, a equipe de efeitos visuais também deu vida à cobra de verdade, Nagini, que nunca sai do lado de Voldemort. Fiennes diz que “ Voldemort é muito carinhoso com ela. É provavelmente a relação mais íntima que ele já teve, como se fosse um espírito amigo.”
“Você é Aberforth. O irmão de Dumbledore.”
Pelos olhos de Voldemort, Harry consegue visualizar que outra Horcrux está na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. “Faz todo sentido que Voldemort tivesse escondido uma Horcrux em Hogwarts, já que basicamente as escondeu em lugares importantes para ele, e Hogwarts já foi seu lar”, diz Rowling. “Isso é uma coisa que Voldemort e Harry têm em comum, pois Hogwarts já foi um porto seguro para os dois.”
Porém, o lugar que já foi um refúgio para Harry agora é território inimigo, com os Comensais da Morte controlando a escola, e os Dementadores patrulhando o perímetro. Voltar a Hogwarts vai colocar Harry e todos em grande risco, mas que ele deve aceitar.
Harry, Rony e Hermione terão que se esgueirar através de uma passagem secreta em Hogsmeade. Mas no momento em que eles aparatam, os alarmes começam a soar. Os três estão prestes a ser encurralados, quando uma porta se abre e uma figura estranhamente familiar os chama para dentro. Por um instante eles quase acreditam que se trata do Professor Alvo Dumbledore, mas logo descobrem que é seu irmão distante, Aberforth.
Juntando-se ao time de Harry Potter, temos Ciarán Hinds, escalado para interpretar Aberforth Dumbledore, cujo ressentimento contra o irmão remonta a acontecimentos em suas juventudes. Hinds teoriza: “havia atrito entre eles em razão das escolhas que Alvo fez em detrimento da irmã mais nova deles, Ariana. E me parece, pelo jeito como fala de Alvo, que Aberforth nunca conseguiu superar isso.”
Apesar dos produtores não quererem que Aberforth ficasse idêntico ao Alvo interpretado por Michael Gambon, Dudman e a diretora de maquiagem Amanda Knight colaboraram para dar aos irmãos forte semelhança familiar.
Porém, como Jany Temime declara, “ele se veste completamente diferente de Alvo, pois Aberforth é dono de um bar, enquanto o último era um professor. Os Dumbledore são escoceses, por isso o kilt era essencial”.
Apesar de ter ajudado Harry, a amargura de Aberforth é visível enquanto tenta dissuadir Harry de arriscar sua vida para concluir uma missão dada por Alvo. Mas, independentemente de todas as alegações negativas que surgem sobre o Professor Dumbledore, Harry fez sua escolha. “Um dos grandes temas nesses últimos filmes tem sido a fé”, opina Radcliffe. “Por quanto tempo Harry pode continuar a ter fé nesse homem cujo caráter tem sido cada vez mais questionado?”
Barron responde: “Harry decide confiar no Dumbledore que ele conheceu, aquele que acreditou nele e nunca o decepcionou. Dumbledore lhe deu uma tarefa importante e, sem importar as consequências, Harry precisa levá-la a cabo.”
“Snape sabe. Ele sabe que Harry foi avistado…”
A determinação de Harry se mostra mais poderosa que o rancor de Aberforth. Ele cede e manda pedir ajuda, que vem na forma de um velho amigo: Neville Longbottom, interpretado mais uma vez por Matthew Lewis. Apesar de emocionados por estarem reunidos com seu colega de Grifinória, Harry, Rony e Hermione ficam chocados pelos abusos que Neville sofreu. É o primeiro indicador de quanto as coisas mudaram em sua escola, que agora também tem um novo diretor, Severo Snape.
“Hogwarts é uma sombra do que já foi”, relata Heyman. “Os Comensais da Morte assumiram o controle, e qualquer infração de suas regras tem como reação uma brutalidade extremada.”
“Hogwarts acabou se tornando um lugar bem sombrio, mais parecido com uma prisão do que uma escola de magia”, diz Yates, que acrescenta que ele e o cinegrafista Eduardo Serra usaram um estilo distinto de filmagem para dar o tom: “Nós incorporamos uma paleta específica de cores: muito azul e tons frios que foram atenuados. Essas acabaram por se desenvolver em amarelos e vermelhos dramáticos – a cor do fogo, a cor do sangue... Há algumas sequências de Parte 2 em que eu queria transmitir a ideia de um filme épico de guerra.”
Liderados por Neville em um túnel escondido, Harry, Hermione e Rony chegam a Hogwarts, onde são recebidos com uma explosão de alegria e alívio por muitos de seus velhos amigos, incluindo Luna Lovegood (Evanna Lynch), Cho Chang (Katie Leung), Simas Finnigan (Devon Murray) e Dino Thomas (Alfie Enoch). Há também um sentimento de esperança que a volta para casa de Harry é um sinal para começar uma nova rebelião da Armada de Dumbledore. “Sua própria presença os inspira”, afirma Barron. “Dá a eles a certeza que não estão sozinhos.”
Por enquanto, Harry precisa da ajuda deles para juntar as pistas do paradeiro de uma Horcrux que ele sabe ter algo a ver com Rowena Corvinal. Luna e Cho, as duas da Corvinal, presumem que esse item pode ser o diadema perdido de Rowena, que elas definem como um tipo de tiara… e que nunca foi vista por nenhum ser vivo. Antes que Harry possa fazer uso dessa informação, Gina Weasley entra correndo e, contendo a própria euforia por ver Harry, conta-lhes que ele foi avistado... e que Snape já sabe.
Bonnie Wright reprisa o papel de Gina, cujo relacionamento com Harry cresceu de uma paixonite adolescente a um romance intenso. “No momento em que estão reunidos, o vínculo entre eles fica óbvio, mas não há oportunidade para que se conectem, porque tudo está acontecendo em ritmo acelerado”, ela observa. “E Gina entende que Harry tem grandes responsabilidades, que é parte da razão pela qual ela se sentiu atraída por ele. Ela não o vê como ‘O Escolhido’, ela o vê como Harry. Eu adorei vê-la se transformar de uma pequena menina tímida nessa jovem e confiante mulher.”
Snape convocou todos ao Salão Principal, que agora está frio e cinza, um contraste chocante ao caloroso salão de boas-vindas dos anos passados. Já não existem mais as longas mesas cheias de comidas suntuosas nem as luzes brilhantes dos candelabros suspensos. Em vez da reunião agitada dos colegas de sala, os estudantes marcham silenciosamente em filas, agrupados de acordo com suas casas. Porém, nesse caso, a formação cerrada proporciona a camuflagem perfeita para um jovem de óculos com uma cicatriz.
Alan Rickman, como o impenetrável Professor Snape, avisa a todos os alunos reunidos com sua frieza tradicional que se alguém for pego ajudando Harry Potter será tratado… duramente. Yates diz que “a forma como Alan não apenas usa as palavras, mas o espaçamento que coloca entre elas é algo totalmente delicioso. Eu nunca trabalhei com um ator que diz suas falas tão lentamente quanto Alan, mas ele faz você vibrar com cada palavra, cada pausa, cada respiração, porque você mal pode esperar pelo que está por vir”.
“Algumas vezes basta se entregar ao material”, diz Rickman. “Jo desenhou um mapa bem detalhado. Nós sabemos como é o cabelo de Snape, e o que ele veste: fica bem claro que ele só tem uma roupa”, ele diz rindo. “Sabemos que ele vive uma existência solitária. Também sabemos que nunca eleva o tom de voz. É uma energia explosiva… mas sempre contida.”
As palavras de Snape mal saem de sua boca quando Harry aparece para confrontar o homem que ele viu matar Dumbledore e ainda teve a audácia de assumir o seu lugar. A coragem de Harry mobiliza tanto seus amigos quanto professores, inclusive Flitwick e McGonagall. E na porta temos Remo Lupin (David Thewlis) e Quim Shacklebolt (George Harris), bem como membros da família Weasley: os pais Molly (Julie Walters) e Arthur (Mark Williams), os gêmeos Fred e George (James e Oliver Phelps), e os recém-casados Gui e Fleur (Domhnall Gleeson e Cleménce Poésy). Aproveitando a volta do Escolhido, os membros sobreviventes da Ordem da Fênix se reúnem para fazer frente às forças do Lorde das Trevas.
Maggie Smith volta a interpretar o papel de Minerva McGonagall, que interfere entre Snape e Harry e acaba por lutar contra seu colega de trabalho, em um terrível duelo de varinhas. “Maggie é uma atriz de calibre internacional, que tira o máximo de cada fala e cada cena da qual participa. Eu adorei trabalhar com ela novamente”, diz Yates.
Snape recua de forma dramática, mas a comemoração tem vida curta, já que Lorde Voldemort deixa todos cientes de sua onipresença. Com a guerra pairando no horizonte, McGonagall lança um feitiço que invoca todas as forças de Hogwarts para defender o castelo, trazendo à vida de forma mágica as sentinelas de pedra que ficaram paradas lá por anos. Esses soldados inanimados foram concebidos e esculpidos pelo departamento de arte de Stuart Craig e em seguida animados através de efeitos visuais.
A equipe de efeitos visuais de Tim Burke também foi responsável pela criação do campo de força gerado pela varinha, que ele diz ter sido inspirado em águas-vivas: “A água-viva tem estruturas incríveis, apesar de ser translúcida e frequentemente emitir luz fosforescente. Usamos essa inspiração para o efeito da varinha, o que ajudou a fazê-la aparentar ser orgânica.”
Os bruxos sabem que o campo de força não será capaz de deter o ataque combinado dos Comensais da Morte por muito tempo, mas vai conseguir impedi-los por tempo suficiente para que Neville, Simas e Gina preparem uma recepção bombástica para os invasores. Além disso, dá a Harry tempo suficiente para concluir sua missão. Porque, como Heyman relembra, “se ele não conseguir encontrar as Horcruxes restantes, não há esperança de vitória”.
“Se morrermos por elas, eu vou matar você, Harry!”
À medida que a batalha progride, Harry, Hermione e Rony se dividem – com Harry procurando pela Horcrux, enquanto Hermione e Rony vão procurar uma forma de destruí-la. A espada de Grifinória, que eles usaram para destruir o medalhão de Salazar Sonserina na Parte 1, foi perdida em Gringotes, mas Rony tem uma revelação a fazer. Rupert Grint esclarece: “Ele tem a ideia de usar uma presa de basilisco para destruir as Horcruxes, assim como Harry fez com o diário de Tom Riddle na Câmara Secreta.”
O basilisco foi morto, mas seu esqueleto – com as presas intactas – ainda existe. Rony e Hermione conseguem chegar até a Câmara, cujo design continua igual ao segundo filme da série, mas com uma adição: o esqueleto do basilisco, que foi especialmente esculpido pelo departamento de Nick Dudman.
Ao arrancar uma das presas, Rony a entrega para Hermione, que, com um pouco de esforço, a crava na taça, que libera uma torrente de ira e terror e os deixa exauridos e sem ar. Sem uma palavra, eles caem um nos braços do outro para dar o beijo que os fãs têm esperado.
É um momento que Grint e Watson estão esperando ansiosamente, ainda que por razões diferentes. “Por eu conhecer Emma desde criança, pensei que seria uma coisa um pouco estranha”, Grint admite. “Sem querer ofender Emma, que é simplesmente adorável, mas eu não conseguia imaginar isso. Quanto mais eu pensava sobre isso, mas ficava nervoso.”
Mas Watson também compartilhava de sua ansiedade. “Por Rupert e eu termos uma amizade muito forte, isso se tornou algo desconfortável”, ela confidencia. “Crescer com alguém que é como um irmão para você e ter de beijá-lo de forma romântica é uma coisa muito estranha.”
David Yates compreendeu suas preocupações e não lhes avisou sobre quando filmariam o beijo até na noite anterior, e lhes aconselhou a respeito: “Eu disse a eles para esquecerem Rupert e Emma, e deixarem Rony e Hermione assumirem o controle. Eles se comprometeram totalmente com isso, e foi… absolutamente adorável.”
Enquanto isso, Harry está correndo para o Salão Comunal da Corvinal, onde é interrompido por Luna Lovegood, que mostra um raro lado enérgico de sua personalidade. Para Evanna Lynch, “Harry pensa que não tem tempo para nenhuma das teorias malucas de Luna, mas ela tem algo muito importante a lhe dizer. Quando Harry decide não escutar, Luna fica frustrada e grita com Harry, algo que ele não esperaria de Luna.”
Ela o lembra de que ninguém vivo jamais viu o diadema de Rowena Corvinal, e o manda procurar outra pessoa, um fantasma, que talvez possa ajudá-lo. Kelly Macdonald interpreta a lendária Dama Cinzenta da Torre de Corvinal, que, na verdade, é Helena, a filha de Rowena. Incapaz de contar a Harry onde está o diadema, ela lhe oferece uma charada, cuja resposta o faz correr até a Sala Precisa, onde a Horcrux está escondida entre o que parece ser séculos de mobília, livros e miríades de artefatos aleatórios.
Craig a descreve: “A Sala Precisa ocupa um de nossos maiores espaços – algo em torno de 60 x 90 metros – e estava cheia do piso ao teto com mobília e todos os tipos de objetos de vários tamanhos e formas. A decoradora de ambientes Stephenie McMillan e sua equipe estavam ocupados comprando móveis usados por meses e meses antes do início das filmagens. Uma quantidade incrível de coisas.”
“Harry Potter. O garoto que sobreviveu. Venha morrer.”
A batalha por Hogwarts está explodindo ao seu redor, mas Harry, Hermione e Rony ainda estão travando outra guerra… que envolve todo o mundo dos bruxos. A trilha da próxima, e talvez mais perigosa, Horcrux os leva à casa de barco da escola, onde os três testemunham um encontro crucial entre Snape e Voldemort.
Heyman diz: “Uma das coisas mais intrigantes nos livros de Jo é que os personagens habitam uma área cinzenta entre a luz e a escuridão, o bem e o mal, assim como todos nós. Por exemplo, a história de Snape é muito mais complicada do que imaginamos, e eu acho que o público vai realmente gostar de ver sua história finalmente revelada.”
“Você sempre soube que ele tinha um plano”, observa Rickman. “Era uma questão apenas de saber qual seria esse plano… os riscos ficavam maiores à medida que ele se aventurava por territórios mais traiçoeiros. No final, tudo se resumiu a redenção e lealdade, e no caso de Snape – sem revelar nada da trama – certo tipo de coragem quanto às suas convicções.”
No livro, a importante troca entre o Senhor das Trevas e Severo Snape aconteceu na Casa dos Gritos, mas David Yates recebeu permissão da própria Rowling para colocar a cena em Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2.
A água também reflete as memórias na Penseira no escritório de Dumbledore, onde Harry percebe o que deve fazer. Daniel Radcliffe relembra: “na Ordem da Fênix, Harry ficou sabendo da profecia que dizia: ‘Nenhum dos dois poderá viver enquanto o outro estiver vivo.’ Desde então, a cada passo do caminho, ele sabia que teria que lidar com isso, e está completamente ciente do que teria que fazer.”
“Harry sabe que o seu destino e o de Voldemort estão interligados”, diz Heyman. “Confrontado com a escolha de encarar o Lorde das Trevas ou permitir que todos morram, Harry está preparado para encontrar eu destino. E Dan foi fantástico. Ele levou sabedoria e maturidade a essas cenas, coisas que deveriam estar anos luz à sua frente. Ele realmente levou em consideração as emoções e motivos por trás de cada uma das ações de Harry, e trouxe uma verdade real para sua atuação.”
Yates acrescenta: “Uma das minhas cenas favoritas é quando Harry faz aquela longa caminhada para salvar todos. Há algo muito lindo e assustador em sua determinação.”
“Vamos, Tom. Vamos terminar isso como começamos…
Juntos.”
O tão esperado confronto entre Harry e Voldemort “os leva de volta ao local onde eles se tornaram o que são”, declara Rowling. “Tinha que terminar em Hogwarts.”
Sua batalha se desenvolve nos corredores outrora assombrados da escola. Yates ensaiou a sequência para que não fosse apenas dois bruxos em um duelo de varinhas, mas dois inimigos jurados presos em um combate mortal que só poderia terminar com a morte de um... ou dos dois.
O diretor explica mais: “Fizemos com que eles corressem pelos corredores invocando feitiços um contra o outro, o que também é algo muito físico. Em certo ponto eles se agarram pelas gargantas e caem de uma alta balaustrada, e estão girando e rodando, até que você não tem mais certeza sobre onde um começa e o outro termina. Eu estava querendo muito explorar isso, pois vínhamos desenvolvendo essa conexão em todos os filmes.”
Craig e sua equipe trabalharam no set para transformá-lo em uma arena com várias camadas. O produtor de arte diz: “Nosso objetivo principal era introduzir outro elemento no campo de batalha que proporcionaria um bloqueio mais interessante, por isso David Yates estava envolvido no planejamento desde o início. Nós criamos uma série de escadarias para que Harry ou Voldemort pudessem alternar entre as posições, mas que pudessem ser trocadas com facilidade.”
“Eu devo ter subido mais escadas naquela cena do que fiz em minha vida toda”, diz Radcliffe rindo. “Mas foi incrível.”
Mesclar arte com arte virtual sempre foi importante para determinar os ambientes nos filmes da franquia Harry Potter, mas essa fusão foi vital em particular durante a encenação da batalha de Hogwarts em Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2. Pela primeira vez, as tomadas exteriores e amplas do Castelo de Hogwarts não foram feitas com a captura de maquetes, mas sim pelo uso de computação gráfica.
Yates diz: “Nós construímos uma boa parte dela, como sempre, mas também construímos uma Hogwarts digital que nos deu liberdade para levar a ação para dentro e ao redor da escola ou para qualquer lugar que quiséssemos.”
Mas Harry e Voldemort não são os únicos lutando até a morte. Ao redor deles há forças do bem e do mal do mundo dos bruxos – inclusive grandes e pequenas criaturas – que estão combatendo em um clima de guerra total, o que nos mostra vários rostos familiares em ambos os lados.
David Barron declara: “Nós tivemos muita sorte, pois quase todo o elenco quis fazer parte do final. Alguns deles são vistos rapidamente, mas era importante para eles – e para nós – que estivessem lá. Há até mesmo alguns poucos personagens que chegaram a um fim nos filmes anteriores e que deixaram sua presença nesse de forma surpreendente, como Gary Oldman, interpretando Sirius Black, e Michael Gambon, como Dumbledore.”
A guerra contra os Comensais da Morte cobra um preço terrível para vários personagens queridos. Bruxos amados caem, e Belatriz Lestrange está prestes a matar mais uma – Gina Weasley – quando Molly Weasley a impede.
Interpretando a matriarca da família Weasley, Walters declara: “É claro que Belatriz pensa ‘vem brigar vovó’, mas ela não tem ideia do que vai enfrentar ao mexer com o amor de uma mãe protetora e destemida.”
O poder do amor de uma mãe tem sido um tema inerente em todas as histórias de Harry Potter, a começar por Lílian Potter, cujo sacrifício supremo pelo filho permitiu que esse se tornasse 'aquele que sobreviveu’. Rowling relata: “Eu perdi minha mãe seis meses depois de ter começado a escrever Harry Potter, e logo em seguida me tornei mãe. A maternidade teve uma imensa influência em minha vida enquanto eu estava escrevendo a saga, então foi natural que o livro a incorporasse.”
Ao se deparar com a decisão de vida ou morte para Harry, Narcissa Malfoy mostra que a força do amor de uma mãe não está confinada a apenas um dos lados. “Narcissa pode ser uma Lestrange por nascimento, e uma Malfoy por casamento, mas o que a define é a lealdade para com seu filho. Ela protege Draco arriscando a sua própria vida, pois acima de tudo ela é uma mãe.”
Entretanto, “Voldemort não vê necessidade de amor, amizade ou compaixão”, observa Radcliffe. “Ele vê esses sentimentos como algo desprezível, uma fraqueza, mas essa é a sua única fraqueza.”
As fatalidades de guerra vão além das pessoas e chegam até a própria Escola de Bruxaria e Feitiçaria de Hogwarts, que fica em ruínas. Apesar da devastação resultante aparentar ser acidental, Craig diz que foi tudo programado. “Não era apenas uma questão de derrubar algumas paredes, a silhueta era tão importante quanto uma escultura. Por exemplo, o Salão Principal era a coluna dorsal de Hogwarts, por isso, ao demoli-lo, sabíamos que a imagem resultante teria que causar uma impressão duradoura.”
“Há esse sentimento de que a guerra causa isso. Ela dizima seus locais de segurança e proteção”, diz Rowling. “Sim, eles podem parecer apenas locais físicos. Mas quando se trata do seu lar, isso significa tudo.”
O Salão Principal foi um dos primeiros e maiores sets a ser construído, e foi uma constante em Leavesden durante todos os filmes. A visão do mais antigo set reduzido a escombros teve um impacto imenso nos cineastas, elenco e equipe.
Radcliffe lembra: “Foi duro assistir a algo que tinha sido tão grande e imponente ser derrubado repentinamente.”
“Foi muito chocante”, concorda Grint. “Nós crescemos naqueles sets, então foi muito difícil para todos nós”.
“A ideia de tudo ser derrubado de forma permanente foi um pouco trágica”, diz Watson. “Eu imaginei que os cenários ficariam lá para sempre”, diz ela sorrindo.
Heyman, que há muitos anos testemunhou a construção dos cenários de Hogwarts, diz: “Assistir à grandiosidade de Hogwarts ser destruída foi muito tocante. De maneira bem real, fez com que pensássemos que estávamos caminhando rapidamente para o fim da jornada.”
As emoções estavam em alta para todos os envolvidos na produção, pois cada dia marcava a “última vez” para algo, até que, finalmente, tudo se acabou.
No final de sua longa jornada de uma década, o elenco e os produtores todos compartilharam gratidão e orgulho por terem realizado a série histórica.
David Barron relembra: “Eu pensei estar preparado, pois sabíamos que o dia estava chegando rápido, mas foi muito emocionante para todos nós. Todos deram tanto de si nesses filmes, e nesse último nós compartilhamos o objetivo de fazê-lo como sendo o final perfeito para a série”.
“A parte do trabalho de qualquer pessoa é dizer adeus”, afirma Alan Rickman. “Temos que aceitar que a hora de dizer adeus sempre chega, caso contrário você não pode progredir. Então, a melhor coisa que alguém pode dizer é que tudo terminou da maneira certa.”
Rupert Grint diz: “A experiência de Harry Potter foi uma época maravilhosa de minha vida e algo que eu nunca esquecerei. Eu tenho muito orgulho em ter sido parte disso.”
“Como posso traduzir em palavras o significado disso para mim?”, observa Emma Watson. “Eu não considero como terminado, pois sempre será uma parte do que sou, e me sinto muito abençoada por ter compartilhado isso.”
Daniel Radcliffe reflete: “Eu sei que não haverá um quadro desses filmes que eu não conecte imediatamente a uma memória, lugar, tempo ou pessoa. Até mesmo agora não consigo expressar como foi importante para mim, mas posso dizer que foi uma época maravilhosa e algo que eu nunca poderei reviver.”
David Yates concorda. “É muito difícil colocar em palavras, exceto para dizer que foi muito intenso, e, às vezes, desafiador, mas nunca deixou de ser divertido. Eu não teria perdido isso por nada no mundo, tenho orgulho e estou feliz de tê-lo feito até o final.”
“Essa colaboração foi maravilhosa”, afirma J.K. Rowling. “Eu tive muito orgulho de trabalhar e formar laços com algumas pessoas extremamente talentosas. A experiência geral dos filmes para mim foi verdadeiramente incrível.”
“Eu me considero extremamente sortudo por ter feito parte de Harry Potter, mas nenhum de nós teria tido essa oportunidade se não fosse por Jo Rowling e o mundo que ela criou de forma tão brilhante”, conclui David Heyman. “Uma das coisas que eu amo nos livros é que as histórias são atemporais… e acho que conseguimos obter essa qualidade também nos filmes.”